Projeto de lei quer acabar com obrigatoriedade do tacógrafo em caminhões

Projeto de lei quer acabar com obrigatoriedade do tacógrafo em caminhões

O tacógrafo é um equipamento obrigatório em caminhões e ônibus no Brasil desde a década de 1990. No entanto, um Projeto de Lei apresentado em março de 2025 pode mudar essa realidade.

De autoria do Deputado Federal Lucio Mosquini (MDB/RO), o PL 4.852/2025 propõe extinguir a obrigatoriedade do uso do tacógrafo em caminhões. A medida busca reduzir multas excessivas e desproporcionais para os transportadores.

Por Que Acabar com a Obrigatoriedade do Tacógrafo?

O projeto visa facilitar a vida dos transportadores sem comprometer a segurança viária. Caminhões com peso bruto total superior a 4.536 kg e capacidade máxima de tração igual ou superior a 19 toneladas seriam desobrigados do uso do tacógrafo.

Para o deputado, as penalidades atuais podem aumentar custos operacionais e impactar negativamente a logística. Isso afeta diretamente os preços ao consumidor final. Assim, a exclusão da obrigatoriedade busca equilibrar eficiência e economia.

Como Funciona o Tacógrafo?

O tacógrafo, também conhecido como registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, monitora a velocidade e os tempos de direção dos veículos. Ele é usado principalmente para fiscalização de caminhões e ônibus.

Além disso, o equipamento ajuda a controlar a jornada dos motoristas. No entanto, sua obrigatoriedade gera debates sobre os custos e benefícios para o setor de transporte.

Segurança Viária Continua Prioritária

A proposta não significa flexibilização das regras de trânsito. A segurança viária permanece como prioridade, e penalidades serão mantidas em casos de risco à segurança pública.

Veículos de transporte escolar e de passageiros com mais de 10 lugares continuarão obrigados a usar o tacógrafo. Dessa forma, o projeto busca balancear necessidades econômicas e segurança.

Tramitação do Projeto de Lei

O PL 4.852/2025 tramita em caráter conclusivo na Câmara dos Deputados. Ele precisa passar pelas comissões de Viação e Transportes e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Se aprovado na Câmara, o texto seguirá para análise do Senado. Para virar lei, deve ser aprovado por ambas as casas legislativas.

Impactos Potenciais da Proposta

A exclusão da obrigatoriedade pode reduzir custos operacionais para os transportadores. Além disso, a medida pode simplificar processos logísticos sem comprometer a segurança.

Por outro lado, críticos argumentam que o tacógrafo é essencial para fiscalização. Eles temem que a mudança possa aumentar irregularidades no setor.

Conclusão: Equilíbrio entre Economia e Segurança

Enfim, o projeto de lei busca um equilíbrio entre reduzir custos para os transportadores e manter a segurança viária. A decisão final dependerá de debates nas comissões legislativas.

Portanto, é importante acompanhar a tramitação do projeto. Afinal, qualquer mudança na obrigatoriedade do tacógrafo impactará diretamente o setor de transporte e os consumidores.

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